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LAGOA DAS 7 CIDADES - S. MIGUEL - AÇORES

Esta lagoa depara-se actualmente com um grave problema - a eutrofização (do grego "trofi" que significa alimento e "eu" que significa abundante") - fenómeno que não se justifica com o divino e que tem como origem a actividade humana. A Lagoa das Sete Cidades está num estado eutrófico o que quer dizer que na água existe um excesso de nutrientes. O mais preocupante destes nutrientes é o fósforo que provém da agricultura, nomeadamente dos adubos. Este, sendo muito solúvel na água, facilmente é transportado pela chuva, das encostas das caldeiras, até às lagoas, onde provoca uma série de problemas em cadeia. Devido à elevada concentração deste nutriente na água há uma extraordinária multiplicação das algas microscópicas e de bácterias fotossintéticas (cianobactérias) que formando um tapete cobrem parcialmente a superficie da água dificultando, desta forma, a penetração da luz nas camadas mais profundas da lagoa. Aí, as algas morrem pela diminuição da luminosidade e como consequência o meio perde oxigénio, pois a decomposição da matéria orgânica implica o consumo deste gás. Esta carência de oxigénio na água tem efeito directo na sobrevivência dos restantes organismos aquáticos, provocando em muitos deles a morte por sufocação. Alguns dos aspectos da eutrofização são traduzidos pelos nossos sentidos, os olhos captam o amarelo-esverdeado das águas e o tacto pode sentir a espuma que se forma nas suas margens enquanto o olfacto, por vezes, reconhece um cheiro desagradável. Para a saúde humana a principal ameaça não é visível. As toxinas produzidas pelas cianobactérias quando ingeridas podem manisfestar-se em gastroenterites, vómitos, dores musculares e de cabeça, irritações cutâneas e outros problemas.

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